Instituto Pensar - Após 5 meses sem aula presencial, MEC anuncia internet para alunos pobres

Após 5 meses sem aula presencial, MEC anuncia internet para alunos pobres

por: Eduardo Pinheiro 


Apesar de eleger a educação básica como prioridade, novo programa do MEC irá beneficiar apenas alunos carentes de universidades e institutos federais

Nessa segunda-feira (17), o Ministério da Educação (MEC) anunciou um programa para levar internet a 400 mil estudantes pobres e viabilizar acesso ao ensino remoto. Apesar do governo afirmar que a educação básica é prioridade, só alunos carentes de universidades e institutos federais serão atendidos pela iniciativa.

Portanto, alunos de escolas estaduais e municipais não contam com o apoio do governo de Jair Bolsonaro e seguem sem financiamento. A rede de instituto federais agrega ensino superior e educação básica, mas seu número total de vagas representa menos de 1% das 38 milhões de matrículas da rede pública.

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Quase cinco meses após o início do fechamento de universidades federais por causa da pandemia de coronavírus, das 69 universidades federais, 25 já estão em aulas remotas. Em entrevista para anunciar o programa, o ministro Milton Ribeiro reconheceu que o governo atrasou na iniciativa.

"Houve um delay para tomarmos essa iniciativa”, afirmou o ministro. "O percurso administrativo que as coisas públicas possuem, toda nossa burocracia interna, nos torna um pouco mais lentos. Foi uma das causas para que a gente tenha demorado um pouco mais do que seria razoável”.

A proposta do MEC

O projeto, com orçamento de R$ 24 milhões, envolve o pagamento de pacotes de dados de internet, de 5GB a 40GB, para estudantes. As universidades e institutos federais é que farão a seleção levando em consideração a condição de vulnerabilidade do estudante.

Atualmente, existem 900 mil alunos na rede federal com renda familiar de até 1,5 salário mínimo per capita. Dessa forma, os 400 mil estudantes que devem ser beneficiados com a iniciativa vão representar 44% desse público.

Com informações da Folha de S. Paulo



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